A hormonioterapia ainda se mantém como tratamento padrão desde 1940, porém tem sido estudado o uso de terapias citotóxicas precocemente. O estudo CHAARTED apresentado na sessão plenária da ASCO 2014 e agora publicado no New England Jornal of Medicine foi o primeiro a mostrar que em um perfil apropriado de pacientes o uso da quimioterapia precocemente pode aumentar a sobrevida. Neste contexto, foi apresentado o estudo STAMPED pelo Dr Nicholas D. James, MD, PhD, da Universidade de Warwick e Queen Elizabeth Hospital Birmingham (Inglaterra) na apresentação do domingo 31 de maio.
Nesse ensaio clinico foram randomizados 2.962 homens no tratamento padrão de hormonioterapia (ADT) (combinada ou não a radioterapia), em hormonoterapia combinado a quimioterapia (ADT combinado a seis ciclos de docetaxel), hormonioterapia e ácido zoledrônico por 2 anos, ou hormonioterapia combinado a quimioterapia (docetaxel) e ácido zoledrônico. Os pacientes foram acompanhados por 42 meses.
Homens atribuídos ao braço de quimioterapia tiveram uma sobrevida mediana significativamente melhor, 77 meses em comparação aos 67 meses do braço de hormonioterapia isolada (p = 0,003). Além disso, o docetaxel melhorou o tempo livre de doença em comparação a hormonioterapia isolada (37 vs. 21 meses:<0,0000000001). A adição do acido zoledrônico não impactou na sobrevida livre de progressão ou sobrevida global. Quando os pesquisadores analisaram apenas os pacientes com doença metastática, eles encontraram um aumento na sobrevida em 22 meses no braço da quimioterapia em comparação à hormonioterapia isolada (65 vs. 43 meses p = 0,002).
A quimioterapia com Docetaxel deve ser considerada em pacientes bem selecionados com doença metastática recém-diagnosticada.