Um estudo importante, chamado PAPILLON, mostrou resultados promissores no tratamento do câncer de pulmão não pequenas células (NSCLC) avançado. Descobriu-se que a adição do medicamento amivantamabe à quimioterapia aumentou o tempo em que a doença não progrediu nos pacientes. Esses achados foram apresentados no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) em 2023.
O amivantamabe é um anticorpo que age em duas metas específicas: EGFR e MET. Ele foi aprovado de forma acelerada em maio de 2021 para pacientes com NSCLC avançado com inserções no EGFR exon 20, que já haviam passado por quimioterapia à base de platina.
Detalhes do Estudo
Nesse estudo, 308 pacientes que não haviam recebido terapia sistêmica prévia foram divididos em dois grupos entre dezembro de 2020 e novembro de 2022. Um grupo recebeu amivantamabe junto com quimioterapia, enquanto o outro recebeu apenas quimioterapia. O tratamento continuou até que houvesse progressão da doença.
Resultados
Com um acompanhamento médio de quase 15 meses, foi observado que o tempo médio sem progressão da doença foi muito maior no grupo que recebeu amivantamabe em comparação com o grupo que recebeu apenas quimioterapia.
- A resposta objetiva ao tratamento foi melhor no grupo que recebeu amivantamabe, com 73% dos pacientes apresentando melhora, contra 47% no grupo de controle.
Efeitos Colaterais
Os efeitos colaterais foram mais frequentes no grupo que recebeu amivantamabe e quimioterapia. Os mais comuns foram:
- Neutropenia (baixa contagem de neutrófilos)
- Leucopenia (baixa contagem de leucócitos)
- Erupções cutâneas
Conclusão dos Pesquisadores
Os pesquisadores concluíram que a combinação de amivantamabe com quimioterapia mostrou maior eficácia do que a quimioterapia sozinha como tratamento inicial para pacientes com NSCLC avançado com inserções no EGFR exon 20.