Palbociclib e Ribociclib: novos tratamentos para o câncer de mama metastático!

Palbociclib e Ribociclib: novos tratamentos para o câncer de mama metastático!

O câncer de mama pode ser classificado de maneira simplória em tres tipos biológicos, cada um destes diferem em seu tratamento. Os tumores que apresentam receptores de hormônios (estrogênio e/ou progesterona), os que apresentam expressão da proteína HER2 e os triplo negativos que não possuem a expressão desses marcadores. 

 

Apesar do câncer de mama metastático ainda não ter um tratamento curativo, os avanços no tratamento dos últimos anos foi extremamente significativo, com tratamentos mais eficazes e menos tóxicos. Hoje o câncer de mama metastático é tratado praticamente como uma doença crônica. 

 

Para as pacientes que possuem receptores hormonais positivos, tivemos a aprovação do Palbociclib  no Brasil (em breve também o Ribociclib) usado em conjunto com a hormonioterapia. A combinação dessas drogas levou a um aumento impressionante no controle da doença comparado com a hormonioterapia isolada.

Como funciona o Palbociclib e Ribociclib?

O estrogênio se liga ao receptor de estrogênio que estimula a produção de cíclina D que a ativação das proteínas CDK4 e CDK6. As proteínas CDKs levam a ativação ciclo celular e a proliferação das células. 

O Palbocilib e o Ribociclib são inibidores de CDK 4/6. As proteínas CDK 4/6 quando ativas estimulam o ciclo celular, levando assim a proliferação das células tumorais. Essas drogas bloqueiam então o ciclo celular fazendo com que as células do câncer parem de multiplicar. 

 

Resultado:

O benefício da combinação dessas drogas em pacientes pós menopausa que ainda não tinham sido submetidas a tratamento prévio, foi vista nos estudos Paloma-2 (Palbociclib + Letrozol) e Monalessa ( Ribociclib + Letrozol). Já para mulheres pré e pós menopausa com câncer avançado HER2 negativo e receptores hormonais positivos que recidivou e progrediu durante terapia endócrinas previa, o estudos Paloma-3 mostrou benéfico da combinação de Palbociclib + Fulvestranto.

Todos esse estudos mostraram taxas de resposta de em torno de 50% e benefício clínico em 78% das pacientes. Essas respostas são tão boas quanto o tratamento com quimioterapia porém com bem  menos efeitos colateral.

Os efeitos colaterais mais comuns com os inibidores de CDK 4/6 (Palbociclib e Ribociclib) foram anemia, diminuição dos leucócitos mas todos bem manejáveis. Nada comparado com a quimioterapia.

A combinação dessas drogas é um grande avanço para as pacientes com câncer de mama avançado que apresenta, receptores hormonais positivos.

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